Naquela tarde, me vi perdida em devaneios percorrendo
uma vastidão de pensamentos até então esquecidos.
Era como se a imagem perfeita em minha frente reluzisse minha memória fraca,
trazendo de volta aquela velha lembrança...
Olhava fixamente o sol despedindo-se da tarde,
era perplexo aquele espetáculo rotineiro,
beijando o mar e o envolvendo com um gigante manto de fogo,
deixando a água quentinha para receber a lua...
O contraste natural em minha pele era arrepiante,
sentir a mistura faiscante da luz do sol
enredada ao toque gélido da lua deixava os meus pêlos enrijecidos
e minha mente fresca em pensamentos esdrúxulos...
Vinha-me qualquer lembrança que, supostamente, eu tentava esquecer.
A lembrança daquela tarde,
onde eu vi cair à chuva como raios de trovões,
tão forte, que suas gotas pareciam perfurar minha carne.
A instância daquela revelação inutilmente se fez presente.
O medo foi que agiu com êxito e livrou-me de uma condenação apavorante.
Eu poderia extinguir tudo, recuperar o sono
e livrar-me das aflições alucinantes que me acompanhava permanentemente.
Mas quando aceitamos compartilhar um segredo em defesa de um amor,
aceitamos também, as regras impostas por ele.
E por fim a isso, resultaria uma condenação ainda maior.
E graças a esse amor, me vi obrigada a perseverar em silêncio,
e aceitar o destino que eu mesma escolhi.
Mas entre dois males, em geral, escolhemos o desconhecido.
Raiele Malta
uma vastidão de pensamentos até então esquecidos.
Era como se a imagem perfeita em minha frente reluzisse minha memória fraca,
trazendo de volta aquela velha lembrança...
Olhava fixamente o sol despedindo-se da tarde,
era perplexo aquele espetáculo rotineiro,
beijando o mar e o envolvendo com um gigante manto de fogo,
deixando a água quentinha para receber a lua...
O contraste natural em minha pele era arrepiante,
sentir a mistura faiscante da luz do sol
enredada ao toque gélido da lua deixava os meus pêlos enrijecidos
e minha mente fresca em pensamentos esdrúxulos...
Vinha-me qualquer lembrança que, supostamente, eu tentava esquecer.
A lembrança daquela tarde,
onde eu vi cair à chuva como raios de trovões,
tão forte, que suas gotas pareciam perfurar minha carne.
A instância daquela revelação inutilmente se fez presente.
O medo foi que agiu com êxito e livrou-me de uma condenação apavorante.
Eu poderia extinguir tudo, recuperar o sono
e livrar-me das aflições alucinantes que me acompanhava permanentemente.
Mas quando aceitamos compartilhar um segredo em defesa de um amor,
aceitamos também, as regras impostas por ele.
E por fim a isso, resultaria uma condenação ainda maior.
E graças a esse amor, me vi obrigada a perseverar em silêncio,
e aceitar o destino que eu mesma escolhi.
Mas entre dois males, em geral, escolhemos o desconhecido.
Raiele Malta
Geralmente o segredo não existe, esta muito mais na incapacidade que o outro tem de enxergar o que está claro, transparante. Na maioria das vezes as pessoas se colocam vendas e só enxergam o que é ou não conveniente. Encarar as dores, o medo, o amor, é muito, infinitamente mais difícil e desgastante, e resta-nos guardar no íntimo de nós mesmos, aquelas palavras que desejam sair, aquela vontade de ser o que se é. Ai então só nos resta o segredo...Guardado, muito bem guardado.E a certeza de que sempre teremos aquele amigo, que será para nós confindente, confessaremos e só mais tarde perceberemos a importância daquele ato! Beijos
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