Por vezes te sinto em mim, como um mago que conhece todos os caminhos para me corromper... Efusivamente você me toca, me lambe, me deseja.
Efusivamente, você me quer. E a gente se perde no mesmo céu, no mesmo inferno, no mesmo paraíso. E você delira em mim, e eu deliro em ti, e a gente delira juntos.
Por vezes paro e fico a pensar o quão parecido comigo, você é. O quão louca você me deixa, o quão insaciável você me enceta.
Por vezes te encontro, te perco, me perco e nunca me acho, mais continuo procurando.
Por vezes te paraliso em mútua sintonia, emoção, ilusão. Sabemos que em instantes temos o mundo em mãos, mãos que desejam conhecer o desconhecido, que tem fome e que alimenta a alma com a ternura de crianças paralisadas pelo entorpecer do aroma que transborda o peito, a mente, e leva consigo, a calma.
Por vezes você me vicia, se vicia e tudo vira um único espetáculo, em um único palco, apresentando uma única história. A nossa história.
Aí, por vezes, te encontro a suspirar, e curiosa pergunto o que há.
Sorridente você responde, que, por vezes, aprendeu a amar.
Raiele Malta
Nenhum comentário:
Postar um comentário