segunda-feira, 20 de junho de 2011

Cores


De repente o cinza ganha cor,
Uma substância a princípio desconhecida
Pinta o fosco com leveza e tonaliza a amargura,
Solidão e tristeza que habitavam em mim.

Era um arco-íris de sensações
Que mudou o que havia de mais comum em minha vida.

E quando eu pensava que todos os dias seriam iguais,
Alguma coisa me empurrou pro inusitado,
Diferente, pro destino.

Parei bem em frente a ele.
É, ele resolveu dar o ar da graça,
Me puxou pela mão e me jogou nos braços do amor.

Foi quando eu percebi que o destino
Já havia começado a agir desde antes,
Que era amor, antes mesmo de eu acreditar que ele existia.

E hoje eu vejo que existe sim, da maneira mais intensa,
Verdadeira e fugaz,
De um tamanho gigante que não cabe totalmente em mim,
E se espalha pelos meus poros.

É um amor imenso, tão doce, tão forte, tão louco e equilibrado.
Do jeito demente, besta e desenfreado.
Do jeito mais lindo que se permite viver.
Ah, que sorte, a minha!

Raiele Malta


To: Tiago Magnavita