Era no fim da tarde
Eu andava distraída, a cantarolar e achar graça da vida...
Até que a mesma bateu em minha cara,
Esfregando uma realidade, que não tinha nada de engraçada.
Fiquei estupefata com a cena deprimente que eu acompanhava...
Era um ser, que contemplava o lixo em completa decadência
A fome e pobreza estavam estampadas em cada detalhe
Os trapos que lhe cobria o corpo
O suor a escorrer pelo rosto
Tudo em uma imensa podridão
Até que a mesma bateu em minha cara,
Esfregando uma realidade, que não tinha nada de engraçada.
Fiquei estupefata com a cena deprimente que eu acompanhava...
Era um ser, que contemplava o lixo em completa decadência
A fome e pobreza estavam estampadas em cada detalhe
Os trapos que lhe cobria o corpo
O suor a escorrer pelo rosto
Tudo em uma imensa podridão
Ele procurava com tanta fome,
Que ao levar alguns pontas-pé se via mais exasperado a procura de comida
Queria apenas alimentar e matar
O que aos poucos lhe corroía.
Que ao levar alguns pontas-pé se via mais exasperado a procura de comida
Queria apenas alimentar e matar
O que aos poucos lhe corroía.
E eu ficava perguntando a Deus,
O que estava acontecendo com o mundo funesto,
Onde os homens passaram a viver como cães farejadores de carniça.
Tudo para acalmar o que roncava na barriga
Como trombetas de dor, fome e exaustão.
O que estava acontecendo com o mundo funesto,
Onde os homens passaram a viver como cães farejadores de carniça.
Tudo para acalmar o que roncava na barriga
Como trombetas de dor, fome e exaustão.
Eu sabia que a resposta era óbvia, peremptória.
Numa era onde a miséria prevalecia ainda maior e abaixo da nata social.
Onde pessoas eram chutadas como cadáveres putrefatos
Se não exercessem um padrão de vida, ao menos elevado.
Onde os que deveriam cuidar, ficam a se vangloriar com o pão,
Que o pobre homem catava aos prantos, desesperado.
Raiele Malta
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