sexta-feira, 28 de maio de 2010

Dama


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Tão mal, era que tinha um jeito perverso de me domar,
me fazer carinho.

E a dor que refletia em meus olhos lhe proporcionava um prazer enorme.
Tão insaciável, era que sua fome em me devorar crescia mais do que qualquer outra.
Queria-me inteiro, sem rodeios, sem anseios.

Ela era uma ninfa, e por ser tão sublime, tinha os olhos cheios de mistérios.

Ela conduzia-me a seu corpo e deixava-me percorrer-lo com toda lentidão,
pois em seu leito, o tempo era eterno, sem pressa.

 E eu sentia toda sua energia sobre mim, tão forte, como um chicote em chamas.
Eu era seu escravo, e ela, minha dama.

Raiele Malta

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