segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Foi-se o tempo



Foi-se o tempo em que amizade era verdadeira,
Promessas eram cumpridas e o pra sempre, durava um pouco mais.
Hoje volto no tempo em velhas recordações.

A saudade é grande, mais o passado não volta.
É a triste realidade de uma menina, que acreditava nas coisas boas da vida,
Que acreditava na velhice ao lado de sua melhora amiga,
Acreditava em sonhos, e que elas ainda se encontrariam nas capas de revista.
Era o mínimo que acreditava.

Foi-se o tempo em que noites eram perdidas em gargalhadas,
Histórias e sintonia, duas meninas rindo da vida,
Imaginando como ela seria dali a alguns anos. Eram tantas imaginações.
E tudo mudou.

Mudou de uma forma inesperada, mudou porque elas cresceram, talvez.
Mudou, como previsto que mudaria.
Mas diferente do que se imaginava mudar.

Hoje duas amigas são duas estranhas,
Em mundos diferentes, vidas diferentes.

Nada disso é bom, exceto as experiências daquele tempo de menina.
Onde o sorriso ainda era sincero, e o brilho era verdadeiro.

O certo é que tudo muda, não dá para fugir disso.

Raiele Malta

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Cores


De repente o cinza ganha cor,
Uma substância a princípio desconhecida
Pinta o fosco com leveza e tonaliza a amargura,
Solidão e tristeza que habitavam em mim.

Era um arco-íris de sensações
Que mudou o que havia de mais comum em minha vida.

E quando eu pensava que todos os dias seriam iguais,
Alguma coisa me empurrou pro inusitado,
Diferente, pro destino.

Parei bem em frente a ele.
É, ele resolveu dar o ar da graça,
Me puxou pela mão e me jogou nos braços do amor.

Foi quando eu percebi que o destino
Já havia começado a agir desde antes,
Que era amor, antes mesmo de eu acreditar que ele existia.

E hoje eu vejo que existe sim, da maneira mais intensa,
Verdadeira e fugaz,
De um tamanho gigante que não cabe totalmente em mim,
E se espalha pelos meus poros.

É um amor imenso, tão doce, tão forte, tão louco e equilibrado.
Do jeito demente, besta e desenfreado.
Do jeito mais lindo que se permite viver.
Ah, que sorte, a minha!

Raiele Malta


To: Tiago Magnavita

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Te Amo


Quando você me beija, me abraça, me acaricia, sinto meus sentidos freneticamente entrarem em compulsão, eles se agitam, pulsam, gritam... como se quisessem sair de dentro de mim.

Sabe? É uma sensação deliciosa!

Como se eu estivesse sentindo da forma mais extrema, a delicadeza do amor .

Tão contraditório, tão sublime e tão real.

Tudo se perde em uma sintonia fatal. E todos os meus temores se evaporam pelo ar.

Não há dúvida, não há medo. 
Há sem,pre as melhores sensações que uma pessoa no ápice do amor, se permite sentir!! 
Vivendo intensamente!

Raiele Malta


quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Inacreditável


Fico me perguntando como as coisas seguem a um rumo tão surpreendente e de uma maneira tão inexplicável que só me resta parar e observar o tempo enquanto ele se dissolve em diversas e inconstantes formas.

Fico imaginando o ontem, enquanto meros encontros corriqueiros nos colocavam frente a frente em olhares curiosos de uma maneira que não se podia prever o futuro.
É como se o tempo já viesse agindo muito antes de se propagar em romance, o que antes eram apenas olhares.

E aquela sensação de que há tempos já nos conhecemos, me vem tão forte que me faz acreditar que o destino moldava de forma tão surpreendente o que hoje nos faz perceber que não vivemos mais sem o outro. Não como um sentimento de posse, mas como um sentimento de atenção, carinho e paixão.

Raiele Malta

domingo, 9 de janeiro de 2011

Eu fui



Eu não sabia o que me esperava pela frente, ou sabia, mais não queria acreditar
O que importa é que eu fui disposta a enfrentar os mesmo riscos, os mesmos medos
Fui com a mesma inocência de uma menina perdida em seu mundo
Com a mesma indolência de uma mulher perdida em seu gozo
Mais eu fui
E daí se eu errasse de novo, perdesse de novo, caísse de novo?
Eram riscos, e eu queria arriscar
Burrice? Inexperiência? Teimosia? Tanto faz, eu queria
E lá eu estava, com a mesma cara e cabeça de sempre, mesmos gostos, gestos, mesmo jeito.
Enfim, se eu caísse de novo, eu ia poder levantar, e talvez essa tenha sido a única explicação pra minha tentativa estúpida de recomeçar.

Raiele Malta

Remar


Eu entro nesse barco, é só me pedir.
Nem precisa de jeito certo, só dizer e eu vou (...).
Eu abandono tudo, história, passado, cicatrizes.
Mudo o visual, deixo o cabelo crescer, começo a comer direito, vou todo dia pra academia (...).
Mas você tem que remar também.
E talvez essa viagem não dure mais do que alguns minutos, mas eu entro nesse barco, é só me pedir.
Perco o medo de dirigir só pra atravessar o mundo pra te ver todo dia.
Mas você tem que me prometer que vai remar junto comigo.
Mesmo se esse barco estiver furado eu vou, basta me pedir.
Mas a gente tem que afundar juntos e descobrir que é possível nadar juntos.
Eu te ensino a nadar, juro!
Mas você tem que me prometer que vai tentar, que vai se esforçar, que vai remar enquanto for preciso, enquanto tiver forças!
Você tem que me prometer que essa viagem não vai ser à toa, que vale a pena.
Que por você vale a pena.
Que por nós vale a pena. Remar. Re-amar. Amar.

Caio Fernando Abreu

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Estado de Alerta


Existe uma coisa que me faz te amar todos os dias.
 É quando sinto o velho sintoma de quem está apaixonado.

Quando me toca, me beija, me abraça,
Parece que meu coração entra em erupção,
É um pulsar tão forte e desenfreado que me faz sentir
A melhor sensação do mundo.

Mesmo que a ocasião não seja a melhor,
Mesmo que estejamos brigados
Ou mesmo que você não esteja perto de mim,
O simples fato de pensar em você deixa meu coração em estado de alerta.

Alerta que me faz te amar tordos os dias.

Raiele Malta